
Com popularidade em xeque, Lula aposta em pautas com apelo popular para 2026

A cúpula do Palácio do Planalto, chefiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vê a popularidade do governo como um dos principais problemas da gestão atual. Com isso, as pautas com forte apelo popular devem ganhar força entre as principais prioridades da gestão petista.
Em seu pronunciamento na noite da última quarta-feira, 30, na véspera do feriado do Dia do Trabalhador, Lula garantiu apoio a temas importantes para a sociedade brasileira. Após apresentar alguns resultados positivos do governo até aqui — como a volta do país para as dez maiores economias do mundo, a criação de 3 milhões de vagas de emprego com carteira assinada e o crescimento do salário mínimo acima da inflação —, o presidente anunciou duas medidas “muito importantes”.
“Enviamos ao Congresso Nacional o Projeto de Lei que zera o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. E quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil também será beneficiado pagando menos do que paga hoje. Agora é assim: quem ganha menos, não paga. E quem ganha muito paga o valor justo”, afirmou o presidente. Na sequência, Lula completou: “A segunda medida é que nós vamos aprofundar o debate sobre a redução da jornada de trabalho vigente no país, em que o trabalhador e a trabalhadora passam seis dias no serviço e têm apenas um dia de descanso. A chamada jornada 6 por 1.Está na hora do Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade, para permitir um equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar de trabalhadores e trabalhadoras”.
Em um cenário político polarizado, as propostas são, também, estratégias para respaldar a imagem do governo Lula entre os eleitores. Caso as pautas que impactam diretamente a vida da maioria da população sejam bem-sucedidas, podem ser reverberadas em 2026 determinantes para o sucesso eleitoral do núcleo petista.
No Congresso Nacional, a tramitação do projeto de isenção do Imposto de Renda é, aparentemente, mais viável. Recentemente, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), garantiu que o projeto está no topo das prioridades da Casa Baixa, pela relevância que o tema possui para os brasileiros. Já a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria da deputada Erika Hilton (Psol-SP), que sugere uma jornada de trabalho de quatro dias e três de descanso, totalizando 36 horas semanais, enfrenta resistência entre grande parte dos parlamentares à direita e entre o empresariado.
Ausência
Em seu pronunciamento oficial, Lula acenou para pautas importantes para a classe trabalhadora, porém, não compareceu a nenhum ato de caráter trabalhista neste 1º de maio. O motivo é óbvio: o petista evitou o desgaste político de comparecer a uma manifestação esvaziada. Em 2024, o presidente compareceu no ato organizado pelas centrais sindicais em São Paulo, e o público tímido foi de 1.600 pessoas.
Para substituí-lo, Lula enviou o Secretário-Geral da Presidência, Márcio Macêdo. Por lá, o ministro defendeu a permanência do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, no cargo e tratou da crise vivida no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
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