
Prefeitura pretende criar piscinões para evitar alagamentos na Marginal Botafogo

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), pretende instalar áreas de retenção de grande volumes de água, os chamados piscinões, nas proximidades de locais que sofrem alagamentos, sobretudo na Marginal Botafogo. A solução é vista pelo chefe do Executivo municipal como a ideal para preservar a via em dias de temporais na cidade. Em menos de três meses, a pista ficou alagada totalmente por duas vezes e a ideia é impedir que a água chegue ao canal do Córrego Botafogo com rapidez. Para evitar desastres em curto prazo, a Prefeitura vai criar um gabinete de crise, junto a órgãos estaduais, para monitoramento das chuvas e agir nos locais com potencial de alagamentos, inundações e enxurradas.
Nesse caso, Mabel afirma que será feito, caso necessário, até mesmo o fechamento da Marginal Botafogo em caso de fortes chuvas na região da Vila Brasília, em Aparecida de Goiânia, ou mesmo na região central da capital. "Nós temos os pluviômetros que mostram a quantidade de chuva que está caindo. Podemos já saber qual é o plano, onde que vai acontecer o problema mais grave e já destinar carro de bombeiro, ambulância, parar o trânsito. É não deixar o trânsito ir para a Marginal se começar a chover muito, avisar que vai ter problema na Marginal. Então tem que fechar a Marginal, fechar alguns túneis que enchem também de água."
Atualmente, segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), há equipes trabalhando desde a manhã desta quarta-feira (15) "na recuperação da erosão que se formou com a chuva desta terça-feira no talude da Marginal Botafogo, na altura da Rua 88, no Jardim Goiás, próximo ao local recuperado no ano passado". A obra está prevista para durar 15 dias, período em que o tráfego no local será realizado em meia pista.
Também será necessária uma obra de recuperação de processo erosivo no Viaduto Mauro Borges, na Avenida A com a Avenida E, no Jardim Goiás. A estimativa de duração também é de 15 dias. A reportagem apurou que essa erosão no viaduto é a que mais preocupa os técnicos da pasta, tanto pelos danos verificados quanto por estar na estrutura de uma via suspensa. Também foi verificado um processo de escoamento de solo próximo à Rua 44, no Setor Ferroviário, mas a Seinfra não apontou a necessidade de obras no local em específico.
O prefeito entende que o gabinete é voltado para soluções em curto prazo e emergenciais, visto que há previsões de fortes chuvas para a cidade até o final do mês. Até por isso, como solução em longo prazo, Mabel quer reter a água da chuva. "Vamos fazer uma série de coisas mais modernas e não só ficar improvisando. Vamos improvisar agora, para depois não precisar." A proposta do prefeito é fazer a contenção da água. "Precisa fazer alguns piscinões, como têm em outros lugares. Nós precisamos fazer uma drenagem que não é só empurrar a água para frente. A drenagem moderna hoje tem posto de absorção de água, ela não pode só correndo do tubo e jogar o problema lá pra frente."
Ele afirma que "uma série de coisas precisam ser feitas, que são de alto custo e demoram, mas precisam ser feitas". "Nós vamos mitigar os problemas que são mais fáceis de serem mitigados, inclusive aí o da Marginal. E vamos então fazer também o procedimento de pegar essa área de drenagem e tomar conta dela de uma forma que possa ser progressiva. A drenagem parou no tempo e nós precisamos andar com isso, ter coisas mais modernas. A permeabilidade da cidade é muito grande, temos de evoluir nisso e vamos fazer algumas lagoas de contenção", reforçou Mabel. O prefeito citou também a Avenida 87, no Setor Sul, como um local que precisa de obras e também a criação de contenções de água. A via sofreu com alagamento na chuva desta terça-feira (13) e também em outubro de 2024.
No entanto, o entendimento do Paço Municipal é que agora é um momento de gerenciar a crise, especialmente para evitar desastres. "De tudo, o que não pode é morrer alguém, isso que não pode. Dano material a gente vai contornando, agora não pode morrer o motoqueiro. Nós precisamos ter esse cuidado, esse plano aqui, esse contingenciamento, é para esse momento de chuva, são ações para agora e depois planejamento e obras", afirmou Mabel sobre a criação do gabinete de crise. O prefeito tem a informação de que os próximos 15 dias serão severos, com fortes chuvas.
O grupo vai funcionar na sede da Defesa Civil do Estado, próximo ao Estádio Serra Dourada, no Jardim Goiás, onde já possui uma estrutura de monitoramento das chuvas na capital. Também participa do gabinete o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), que possui a rede de pluviômetros capaz de verificar a quantidade de chuva a cada dez minutos. Mabel pediu a expansão desses equipamentos, especialmente em locais mais próximos da Marginal Botafogo. Foi informado que cada um custa R$ 30 mil e o prefeito ficou de negociar com o Estado a aquisição e instalação dos equipamentos para a capital.
Mais Notícias
Esteja sempre atualizado sobre os principais acontecimentos


Marcha para Jesus é conduzida em clima de festa em Goiânia
Evento cristão realizado na tarde e na noite desta quinta-feira reuniu centenas de milhares de cristãos, entre crianças, jovens, adultos e idosos. Público agradece e pede bênção Saiba mais
Menos da metade dos goianos já entregou a declaração do Imposto de Renda, diz Receita Federal
Neste ano, segundo órgão, contribuinte que quiser entrar no primeiro lote de restituição do Imposto de Renda precisará enviar a declaração até 9 de maio; confira lista de grupo prioritários para reembolso de valores Saiba mais