Obesidade: conscientização, diagnóstico e tratamentos

Nutrólogo destaca a importância do diagnóstico para prevenir dificuldades cotidianas e surgimento de outras doenças graves
Por O Hoje
Data: 04/03/2024
A doença é uma condição caracterizada pelo ganho excessivo de gordura, identificado pelo Índice de Massa Corporal (IMC), que neste caso é superior a 30

O Dia Mundial da Obesidade, celebrado nesta segunda-feira, 4 de março, juntamente com a Semana de Cuidados com a Obesidade, de 1º a 7 de março, destaca a importância da conscientização sobre questões como políticas voltadas para a população obesa. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é uma condição caracterizada pelo ganho excessivo de gordura, identificado pelo Índice de Massa Corporal (IMC), que neste caso é superior a 30.

O médico nutrólogo, Arthur Rocha, lembra que a data foi estabelecida com o propósito de aprimorar políticas de combate e acessibilidade para pessoas obesas, sendo considerada pela OMS um dos principais desafios da saúde pública, associada a complicações como diabetes tipo 2, pressão alta e doenças cardíacas. Além disso, há críticas em relação ao despreparo dos serviços de saúde mundiais para atender a essa parcela da população.

Mais de 1 bilhão de pessoas estão vivendo com obesidade no mundo, de acordo com uma análise global publicada na revista The Lancet, na última quinta-feira (29). A pesquisa foi feita em colaboração com a OMS. Os dados mostram que a doença mais do que dobrou entre adultos e quadruplicou entre crianças e adolescentes e 5 a 19 anos, no período entre 1990 e 2022.

Segundo a análise, 159 milhões de crianças e adolescentes e 879 milhões de adultos viviam com obesidade em 2022. Em 1990, o número de meninos e meninas obesos era de 31 milhões, enquanto o de adultos era de 195 milhões.

Arthur Rocha destaca a importância do diagnóstico da obesidade para prevenir não apenas as dificuldades cotidianas associadas à doença, mas também para evitar o agravamento da condição, que pode desencadear outras doenças graves. "O tratamento pode ser realizado por meio da reeducação alimentar, juntamente com uma variedade de estratégias, como a alteração do estilo de vida e a adoção de práticas esportivas. Recomendo, portanto, uma abordagem multidisciplinar para a eficácia desses casos", afirma o especialista.

Atualmente, o tema está sendo debatido no Senado Federal, associado à elaboração de projetos de lei em análise para o combate efetivo dessa enfermidade. Algumas das normas propostas incluem a rotulagem de alimentos industrializados com alto teor de sódio e gordura, bem como a proibição de cobranças adicionais para essas pessoas em transporte e eventos culturais. Além disso, há demandas por equipamentos adequados para o atendimento dessa população e iniciativas relacionadas à Obesidade Infantil.

Dados no Brasil

Em 2020, a Pesquisa Nacional de Saúde indicou que 25% dos brasileiros eram afetados pela obesidade. Contudo, o Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas (Covitel), de 2023, revelou um aumento de 90% na incidência da doença entre indivíduos de 18 a 24 anos, comparado ao ano anterior. Durante a pesquisa, cerca de 31,6% dos participantes receberam o diagnóstico de ansiedade, um fator que pode levar à compulsão alimentar, contribuindo assim para a obesidade.

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