
Rumo inicia operação regular comercial em trecho de 282 km

Mais um trecho ferroviário passará a operar comercialmente em Goiás. A extensão de 282 quilômetros da Rumo Malha Central (RMC), entre os entre os pátios de Ouro Verde (POS) e Santa Helena (PSG), localizados nestes respectivos municípios, recebeu autorização da Superintendência de Transporte Ferroviário da Agência Nacional de Transportes Terrestres (Sufer/ANTT) para iniciar suas operações comerciais em regime regular.
Com isso, Goiás dá mais um passo para facilitar o escoamento de seus produtos.
De acordo com a ANTT, este trecho estava operando, até agora, em regime de comissionamento, sujeito a testes e restrições operacionais para avaliar o comportamento da ferrovia. Após uma avaliação positiva, a fiscalização ferroviária da ANTT autorizou a transição para o regime comercial regular, o que representa um importante passo na evolução da integração logística nacional, interligando os portos das regiões Norte e Sudeste e passando pelo Centro-Oeste.
Inicialmente, já está previsto o transporte de uma grande diversidade de cargas, como carne bovina congelada, milho, açúcar, peças automotivas, minério e algodão. De acordo com a ANTT, essa diversidade de cargas demonstra a versatilidade e importância da nova rota ferroviária para a economia do País.
Para o diretor geral da ANTT, Rafael Vitale, a autorização para o início das operações na Rumo Malha Central representa um marco significativo no desenvolvimento da infraestrutura logística do Brasil, ao promover maior eficiência e competitividade nos transportes de cargas. “Além disso, também fortalece a posição do País como um importante hub logístico na América do Sul”, destaca.
De acordo com a concessionária Rumo, este é o último trecho que conecta o município de Rio Verde até Anápolis, que havia sido inaugurado em julho de 2023. Com o trecho 100% operacional, além de atender Anápolis, com a operação de contêineres, a Malha Central conta com dois terminais em Goiás (nas cidades de Rio Verde e São Simão) e um em Iturama (MG), que se conectam ao maior complexo portuário do Hemisfério Sul, o Porto de Santos (SP).
Ainda de acordo com a Rumo, os trens que serão utilizados nos próximos anos na operação têm em torno de 120 vagões, com capacidade de transportar cerca de 11.500 toneladas úteis (equivalente à capacidade média de 260 caminhões) e comprimento de 2,2 quilômetros. A ferrovia já movimenta produtos como grãos, fertilizantes, açúcar e contêineres. A nova operação deve gerar mais eficiência e ganho de capacidade. “A empresa já estuda a entrada de novos produtos em sua carteira, como o transporte de combustíveis”, informa a Rumo.
Ligação de portos
Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fieg), Sandro Mabel, o ponto mais importante do início da operação comercial deste trecho ferroviário será a ligação dos portos do Sul, como Santos, Tubarão e Paranaguá, com os do Norte do País, como Itaqui, no Maranhão, otimizando o escoamento dos produtos que saem de Goiás ou chegam ao estado. “Isso dará uma grande mobilidade para um volume significativo de cargas, inclusive vindas de outros estados, como do Mato Grosso para cá. São ligações muito interessantes que se ampliam”, ressalta Mabel.
Ele prevê que esta interligação entre ferrovias ajudará a reduzir custos e a viabilizar certas operações. “Mudamos nosso eixo ferroviário. O entroncamento ferroviário do Brasil, que antes era em Minas Gerais, mudou para Goiás”, avalia o presidente da Fieg. Ele lembra que Goiás terá saídas pela Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol), Ferrovia Norte-Sul e Ferrovia Centro Atlântica. “Estamos interligando Goiás a todos os portos do País, o que tornará nossa logística muito mais eficiente e ampliará nossa opções para escoamento”, completa.
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