O alto custo dos planos de saúde tem dificultado a contratação dos serviços e isso se tornou uma preocupação para 81% dos brasileiros, segundo o último levantamento feito pela Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (Anab). A enfermeira Rhaíra Nunes diz que incluiu ferramentas do planejamento financeiro em sua rotina para acomodar os gastos cotidianos com os investimentos em saúde e, assim, manter as finanças em dia.

Segundo Rhaíra, os cuidados com a saúde são fundamentais, mas, devido aos preços atuais, as adaptações e escolhas estratégicas passaram a ser necessárias. “Adotei uma organização financeira mais estruturada, que tem me favorecido em todas as áreas da minha vida e até iniciei alguns investimentos financeiros com o dinheiro que passei a conseguir poupar”, disse.

“Em relação ao meu plano de saúde, fiz uma nova opção com o intuito de reduzir os gastos e manter a qualidade do atendimento. Troquei o plano tradicional pela telemedicina e, até agora, estou satisfeita com os resultados”, finalizou a enfermeira.

As táticas adotadas por Rhaíra são aprovadas pelo consultor financeiro Cássio Souza, que avalia que a prevenção de doenças e os cuidados para manter a saúde em dia são fundamentais para manter o corpo em dia e as finanças também. “Todos nós sabemos que na medida em que a idade avança o corpo começa a sofrer transformações, reforçando a necessidade de cuidados com a saúde.”

Segundo Souza, em situações de doenças, os custos dos tratamentos, remédio e o tempo despendido são custos altos, algumas vezes invisíveis, que impactam em toda a família. “Por isso, a cada dia vemos que a prevenção e o tratamento precoce são as melhores alternativas. E existem muitas fórmulas para potencializar, como conseguir economizar ao máximo, fazer investimentos para criar uma reserva de emergência e de renda ao longo do tempo”, comenta o especialista.

Para o consultor financeiro, há opções interessantes para se adotar no cotidiano para cuidar da saúde sem ampliar os gastos financeiros, como a prática de exercícios físicos, exames preventivos e os planos de telemedicina. “Se fizermos um bom planejamento para o nosso futuro, vamos conseguir atingir níveis melhores de qualidade de vida, sem despesas exacerbadas. Tudo isso vai auxiliar a termos um futuro muito melhor.”

O sócio-fundador da startup de telemedicina ZapyMed, Mayco Dias, comenta que o acesso à saúde de qualidade não deve ser um luxo e sim um direito de todos. Ele avalia que a tecnologia tem possibilitado mudanças, que vão além da esfera digital, e favorecido a redução dos custos, bem como o conceito de jornada do paciente, que agora pode ter acesso mais rápido a consultas básicas e manter a prevenção de sua saúde sem longas esperas.

Na visão do especialista, a telemedicina tem contribuído para diminuir as desigualdades sociais e geográficas e para desafogar o próprio sistema de saúde privado e público porque oferece atendimento ágil, reduzindo a fila de espera. De acordo com Dias, isso acontece porque o plano de teleconsulta conecta os elos da cadeia de cuidados, oferecendo aos clientes as melhores opções em consultas, exames, prontuários e receituários on-line e atendimentos presenciais na rede parceira, quando necessário.

Na avaliação de Samuel Costa, segundo sócio da startup, a sociedade tem se tornado mais aberta para esse tipo de atendimento porque as pessoas estão percebendo as vantagens oferecidas pela medicina on-line e o custo acessível é um diferencial. Segundo Costa, ao custo médio de R$ 1 por dia, a pessoa pode fazer consultas médicas a qualquer horário por dia sem necessariamente ter que perder o turno de trabalho em filas. (