Após novas decisões judiciais, vereadores são empossados em Goiânia

Depois da cassação das chapas de PMB e Agir por fraude à cota de gênero, Casa tem nova configuração com Fabrício Rosa, Bill Guerra e Markim Goyá
Por O Popular
Data: 17/04/2024
Recém empossado, Fabrício Rosa comemora: na oposição, mas primeiro voto foi à favor da Prefeitura (Gustavo Mendes)

A sessão da Câmara de Goiânia desta terça-feira (16) foi marcada pela posse do novo vereador Fabrício Rosa (PT) e do retorno de Bill Guerra (MDB) e Markim Goyá (PRD) ao legislativo da capital. A mudança na configuração da Casa é resultado da cassação das chapas de PMB e Agir por fraude à cota de gênero. Com isso, Edgar Duarte e Pastor Wilson, eleitos pelo PMB, e Paulo Henrique da Farmácia, do Agir, perderam os mandatos.

Na tribuna de oposição, após ser empossado, Rosa fez discurso em defesa de minorias e movimentos sociais, atitude que, segundo ele, deve guiar seu mandato. “Não renunciamos a uma sociabilidade sem machismo, sem misoginia, sem racismo e sem LGBTQIA+fobia”, afirmou o petista.

Apesar de ser filiado ao PT atualmente, Rosa disputou a eleição para vereador em 2020 pelo PSOL. O vereador trocou de partido por causa da eleição de 2022, quando buscou mandato de deputado estadual. Na eleição proporcional, a vaga conquistada é tecnicamente do partido. Diante disso, o PSOL já entrou com processo para reivindicar a cadeira. Se a ação prosperar, assume a presidente estadual do partido, Cíntia Dias, líder de mandato coletivo que também envolve outras três mulheres.

Com a chegada de Rosa, o PT passa a ter duas cadeiras na Câmara. A outra é ocupada pela presidente estadual do partido, Katia Maria. A posse de Rosa foi prestigiada pela deputada estadual Bia de Lima e por Adriana Accorsi, pré-candidata à Prefeitura de Goiânia e deputada federal da sigla.

Apesar de estar na oposição, o primeiro voto de Rosa na Câmara foi a favor do prefeito Rogério Cruz (SD). O projeto inicial na sessão foi um veto de Cruz a um projeto de Lucíula do Recanto (MDB) que trata sobre educação profissionalizante para adolescentes e jovens que ficaram órfãs devido à pandemia. Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a matéria foi relatada pela petista Katia Maria, que apresentou parecer pela manutenção do veto, continuando com a orientação para que fosse repetido no plenário.

Retorno

Já Bill Guerra discursou na tribuna da base, mas disse que, em seu mandato, não irá “agradar prefeito, presidente de Casa ou vice-presidente”, mas “atender a população de Goiânia”. Bill Guerra já havia assumido mandato em 2023, quando houve cassação da chapa do PTB por fraude à cota de gênero.

Na época, Léo José (hoje no Solidariedade) deixou o mandato. No entanto, a decisão da Justiça eleitoral foi revisada no fim do ano e Léo José voltou à Câmara e Bill Guerra deixou a Casa.

No discurso, o emedebista reclamou de dificuldade para conversar com os vereadores após a saída no fim de 2023. Com Bill Guerra, a Casa passa a contar com 11 vereadores do MDB. O Giro mostrou que a bancada também recebeu Pedro Azulão Jr., que se filiou simultaneamente no Cidadania e no MDB.

Azulão divulgou inicialmente a mudança do PSB para o Cidadania, mas encontrou dificuldade em confirmar a candidatura à reeleição pela legenda. O partido faz parte de federação com o PSDB.

A presidente do PSDB em Goiânia é a vereadora Aava Santiago, que pretende ser a única parlamentar na chapa proporcional. Além disso, ela também já afirmou em plenário que a bancada PSDB/Cidadania na Câmara é obrigatoriamente oposição ao prefeito. Azulão faz parte da base de Cruz.

Markim Goyá (PRD) fez breve discurso em sua cadeira no plenário, quando comemorou o retorno à Câmara. Além de Markim, a bancada do PRD é formada pelo presidente, Romário Policarpo, e Cabo Senna.

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