UFG deve decidir até 25 de abril se vai entrar em greve

Pelo menos 13 universidades federais decidiram pela paralisação
Por O Hoje
Data: 16/04/2024
Entrada do Campus Colemar Natal e Silva, da Universidade Federal De Goiás, que abriga a Faculdade de Direito e Engenharia da Computação

Em reunião no Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) em Brasília, foi anunciada nesta segunda-feira (15) uma greve que deve englobar cerca de 20 universidades federais, Institutos Federais (IFs) e Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) de todo o Brasil. De acordo com o sindicato, o principal motivo para a deflagração da greve foi a falta de um reajuste salarial dos profissionais da educação superior nos últimos dois anos.

A medida veio conforme o anúncio de um corte de verba de cerca de R$ 4 bilhões nas áreas da saúde e da educação pelo Governo Federal. Dentro disso, as áreas das pastas afetadas enquadram as bolsas universitárias, áreas de pesquisa e assistência estudantil, um corte de R$ 280 milhões. Além disso, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), também perdeu parte de sua verba, cerca de R$ 73 milhões. Vale lembrar que este órgão é o responsável pela manutenção e pela gerência das propriedades intelectuais brasileiras de novas pesquisas e tecnologias.

De acordo com a nota do Governo, o principal motivo para o corte foi para adaptar as verbas públicas dentro do arcabouço fiscal. Vale lembrar também que isto faz parte dentro das promessas de governo do Presidente Lula Inácio Luiz da Silva (PT) para um déficit zero nos cofres públicos até o ano de 2025. Contudo, o Ministério da Educação (Mec) diz, em nota, que já está em reunião com a organização reforçando um reajuste que houve no ano de 2023.

“O MEC vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias. No ano passado, o governo federal promoveu reajuste de 9% para todos os servidores”

Dentre as universidades que aderiram a greve, grandes centros públicos do ensino superior estão na lista como: Universidade Federal de Brasília (UnB), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), Instituto Federal do Piauí (IFPI). Além disso, algumas universidades não aderiram ao período de greve inicial, porém, devem participar nos próximos dias, como a Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Por enquanto, as universidades federais em Goiás como a Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Federal de Jataí (UFJ) e a Universidade Federal de Catalão (UFCat), ainda não anunciaram a participação da greve. Sobre isso, o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás, que representa as três universidades, anunciou que uma decisão será tomada assim que um consenso for estabelecido pelas faculdades no dia 25 de abril.

Além disso, esclareceram que a Andes-SN não possui autoridade dentro da decisão de uma possível greve do ensino superior em território goiano conforme regra do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). “É importante lembrar que o Andes-SN está proibido pela Justiça de praticar qualquer ato sindical no Estado de Goiás, conforme decisão do TRT da 18 ª Região”, diz a organização em nota.

Importante lembrar que o Andes-SN está proibido pela Justiça de praticar qualquer ato sindical no Estado de Goiás, conforme decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 18 ª Região.

As decisões no âmbito da UFG, da UFCat e da UFJ serão tomadas por meio do diálogo com toda a categoria. Greve é uma ferramenta para o trabalhador e deve ser usada de forma eficiente, inteligente e no momento certo. A assembleia para deliberar sobre o assunto será realizada no dia 25 de abril. (

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